terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Beirut, por assim dizer...


Foi o Bruno que achou e mostrou pro Ary que me mostrou. Agora eu faço barulho. Ou melhor, calo.O barulho eu deixo para eles.

Beirut, por assim não dizer.

Sei pouco. Sei o que li e o que lí é sempre muito igual: 12 músicos, de trompete a bandolins, influências de música cigana dos Balcãs e Folk Rock.
Eu nunca ouvi musica cigana Balcã, meu Deus.
Mas ouvi Beirut. E não acho que é a melhor banda do ano ou que vai mudar a vida de todo mundo. Mas experimenta colocar "Elephant Gun" pra tocar e me diz se você consegue evitar o "reapet". E não ficar louco atrás da letra e nada da letra e nada de parar de ouvir.
O som deles pra mim lembra viagem na janela. Viagem e bucolismo. O vocal me lembra o Morrissey. O som é saudade. (pra mim, ao menos).
às vezes é deliciosamente desarmônico.
E você vai pra cama com os primeiro versinho de elephant gun na cabeça. E fica cantando. Nem foi só comigo! Eu vi o Bruno fazendo o mesmo.
Depois vi a capa do album: é viagem na janela, mesmo. E bucolismo.




Beirut, por assim tentar dizer.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Construção-fóssil

Acharam um novo dinossauro.
Em breve terá um nome.
Depois? Palitó, gravata e seriado de tv.


E o mundo continua fazendo com o entulho, tijolos.

sábado, 28 de outubro de 2006

...E é então que o tal Deus se deixa ser mulher
e entre as pernas do mundo escorrem em vermelhas nuvens o abortado sol. Posted by Picasa

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Esferismo

Queda livre
aos montes
(objetivo comum)
O mundo refletido em microesferas (esparramou-se)

e
s
corre

E volta ao princípio.

domingo, 22 de outubro de 2006

Clarice

No mistério o medo. No medo a curiosidade. Na curiosidade, desejo. No desejo? É como aquelas bonequinhas que cabem uma dentro de outra dentro de outra e outra e outra outra...Qual era mesmo o nome? Ah! Clarice...Não das bonequinhas mas da menina que as possuía: Clarice era como gaveta trancada em quarto de avó.
Era em passos pequenos, quase saltinhos de amarelinha sem riscos no chão, que Clarice menina brincava com os moleques de Amaralina. A-ma-ra-li-na. Uma daquelas cidades pequenas com as mesmas coisas que tem em toda cidadezinha: Moleque descalço, mulher de janela, jardim de sonho e ciranda, balão de são João, são José, são qualquer, são.
E a menina morena Clarice, pequena no sei jeito de não ser quase ninguém, fez com os moleques meninos caminhos de fruta e passarinho: Estilingue, calango, soim. Quintal do mundo (o mundo todo). Não por isso menos moça...Não por isso menos mulher: ainda quando os seios nem ousavam o despontar, quando entre menino e menina não havia diferença, Clarice jamais quis se despir entre os meninos e os peixes.
Feito matinho que vira roseira, Clarice menina virou moça de botões fechados: na gola e no punho. E não era de criação a seu recato de novena, igreja, procissão: De cabelos presos e pernas cobertas, rezava ladainhas... Que eram também dos rapazes, que repetiam como oração: "Que mistério tem Clarice?, que mistério tem Clarice? Pra guardar-se assim tão firme no coração?"
E guardou-se, Resguardou-se: A moça brotou mulher. Clarice fez-se penitente e dentro da noite escorrida açoitava, o que não sabia ela, era inocência.
Tem que um dia amanheceu e com ele Clarice, no cais, assistiu o meu barco se afastar de Amaralina. Destemperadamente linda, aos soluços, Clarice despiu-se como se o vestido sobre ela fosse só outra bonequinha que lhe cobria o corpo moreno.
Permaneceu em todo adeus chorando nua, para que eu lhe tivesse toda, todo tempo em que existisse. E choraria até que todo amor sumisse e seu corpo expirasse e seu pranto à extinguisse. A procissão repetia a ladainha: "Que mistério tem Clarice?, que mistério tem Clarice? Pra guardar-se assim tão firme no coração?"
Quando o dia fez-se noite e a noite fez-se anos, o mar fez de Clarice estátua de sal. Mais que história, fez-se lenda: entre os meninos e os peixes, guardados em uma caixinha que fica dentro d'outra caixa, escondida no armário da minha memória de Marinheiro do Tempo.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

A Jornada

A consignment of thousands of rubber ducks is expected to wash up any day on the coast of New England - after more than a decade at sea.

Rubber ducks
Thousands of rubber ducks floated across three oceans over 11 years
The ducks - along with other bathtub toys like beavers, turtles and frogs - fell overboard from a container ship en route from China to Seattle during a storm in 1992.

During the ducks' long voyage through three oceans, scientists have tracked their progress - and say it has taught them valuable lessons about surface currents.

"The ducks went around the North Pacific in three years - all the way from the spill site to Alaska, over to Japan and back to North America," said Curtis Ebbesmeyer, a retired oceanographer based in Seattle.

"This was twice as fast as the water at the surface - so I began to call them hyper-ducks."

The floating ducks are expected to wash up battered and bleached by their journey through the waters of the Arctic, the Pacific and Atlantic Oceans.

After falling overboard near the 45th parallel 11 years ago, the ducks floated along the Alaskan coast, reaching the Bering Strait in 1995.

It is thought they were trapped by slow moving ice for several years - it took them until 2000 to reach the Atlantic ocean.

A year later, they were tracked in the area of the north Atlantic where the Titanic sank.

During their voyage, some of the ducks broke away - and headed for Europe - others have surfaced in Hawaii.

The ducks were among 350 containers which rolled off a ship in high seas - environmentalists are now trying to use their amazing journey to highlight the problem of overboard cargo.

As many as 10,000 containers fall off ships every year, causing hazards for shipping and for marine life.

Ebbesmeyer recently tracked the movement of 34,000 ice hockey gloves lost at sea.

He regularly gets reports on Nike trainers washing up on coasts. He has even worked out the path taken across the world's waters by a dead body in a survival suit.

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E meu coração continua esperando sua chegada, para sempre.

sábado, 14 de outubro de 2006

Um amor pianinho

Você me beija tão jazz
e te respondo blues que já não sei mais se te quero
em dó menor
nosso problema, baby, é bossa nova.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

"O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.

    O que há é pouca gente para dar por isso.

    óóóó---óóóóóó óóó---óóóóóóó óóóóóóóó

    (O vento lá fora.)"

    Álvaro de Campos, 15-1-1928

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

O Álibe do Deslexico Agnóstico.

"Temo que não vamos desembaraçar-nos de Deus porque continuamos a acreditar na gramática..."

Nietzsche

sábado, 30 de setembro de 2006

E o tal coração de tanto bater, bateu as botas:
como um zumbi faz o percurso quarto-cozinha-banheiro dia após dia.

sábado, 23 de setembro de 2006

Os coletivos de arte




(só pra não esquecer de falar depois. ) Posted by Picasa

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Poema não morre eletrocutado

Poeminha Pequenino
Que mal dá pra ver nas linhas
é que nem um passarinho:
Pardal, soneto, rolinha...

Vai pendendo sobre os fios
balançando as perninhas
pula, pia, dá piruetas:
Gaivota ou Andorinha

Quando chega o fim da tarde
ou então o fim das linhas
abrem as asas e voam longe:
Beija-flor, Hai Kai, Pombinha...

E então chega a noite
Fico só eu e a folha limpinha
e essas aves que não avoam:
Capote, Prosa, Galinha...








Para Pedro Yori

domingo, 10 de setembro de 2006

conhecidência

conhecido
por
incidência
de
conhecido








Bruno Raukai Reis
enquanto os outros continuam acontecendo...

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

O triste fim de Policarpo Quaresma

O tempo passa
O tempo vôa
E a poupança Bamerindos continua numa boa











*que me Bruno e Ary me permitam também fazer Hai Kais. :)

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Um silêncio
(entre um acorde e outro)
Um silêncio
(entre uma palavra e outra)

Um silêncio

Entre um pingo e o pingar do outro
Entre um batimento e outro do peito
Entre uma interrogação e um ponto final

Um silêncio que nunca se escuta. Breve.
(o silêncio que se desconhece)
Mas existe, e não é só ausência.


Um silêncio
(um minuto de silêncio - entre um fim e outro findar)

Um silêncio pequeno, que cabe só no pequeno estreitamento do meu peito.
(e ainda assim transborda a tal infinidade)




Um silêncio.





Silencio...

terça-feira, 22 de agosto de 2006

Para-raios

Me dá colo,
Dá cá...
Que um haio kai sim no mesmo lugar... Posted by Picasa

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

As coisas vem adquirindo um aspecto de acidente: Pessoas ao acaso. Em blogs, praças...Uma cidade pequena. Mas acidente ainda é que de repente essas pessoas-acidentes tem importância. Uma importância-acidente...Um acidente importante?
Mas o mundo não nos dá tempo, e é preciso tempo para confiar, se despir. Vamos assim, de olhos fechados, as cegas. É tudo muito rápido, mágico.
Eu tenho me encantado e encanto sempre tem cara daquilo que acaba a meia noite. E tem sido diferente.

De qualquer forma: eu sempre deixava-os ir embora: como nuvem.
E pela primeira vez que não quero assim. Pela primeira vez é inevitavel forçar um para sempre.


ou um 'infinito enquanto dure'

terça-feira, 1 de agosto de 2006

".... Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos. "

Clarice Lispector

segunda-feira, 31 de julho de 2006

felicidades paralelas

O mundo, as pessoas, as histórias. Todos sob o mesmo sol. E era dentro do conjunto das possibilidades que essa duas retas estavam contidas.
Dizem que reta é uma junção de uma infinidade de pontos. Então já não sei se ousaria os chamar de retas ou semi-retas. Que por mais infinitos que os dois fossem eles tinham um começo e um fim. E assim se fizeram analiticamente calculados:

Ela, na sua felicidade barata de ser professora de matemática de uma escolinha particular qualquer. Ele? Físico. Tão exatos que não se permitiam acontecer.
E nunca se encontraram em vida para viver uma grande história de amor.


Mas aprenderam cedo que as paralelas se cruzam no infinito e dividiram covas vizinha, compartilhando os mesmos vermes, pois, o que não sabiam é que o ifinito das semi-retas é apenas o ponto final.



E o conjuto das possibilidades era um conjunto vazio.

"...Não esqueça a escova, o sabonete, o violão"

É, eu sempre escuto coisas do tipo: quando casar sara, sofrimento tem data de validade, pra curar um amor platônico só uma trepada homérica.
E o disco não muda.
Sabe, talvez paciência seja realmente uma virtude mas chega um momento da existencia humana (ohhhhh) que as coisas precisam de uma resolução! Porque tudo tem o tempo certo pra acontecer mas pra NÃO acontecer o tempo é indefinido, tipo ad infinitum.
Aí você consegue alimentar qualquer ilusãozinha rápida.Qualquer coisa que vá te distrair por tempo suficiente para que você esquecer que dói. (tipo quando você tá brincando e se machuca e nem percebe que machucou...)
Você pode também tentar aculpumtura, Yoga, rpg, macumba, natação, rapel, balonismo, masturbação, indie rock.
Qualquer coisa é bem vinda...
E sempre que me perguntam o 'como vai?' eu estou só cansada. E de fato : CANSAÇO!
porque os meus post parecem sempre tão iguais? Acho que é porque eu só escrevo aqui quando tudo explode.

e explodiu. quebram janelas e espalhando estilhaços de vidros blindados...Que vão me machucar mais tarde.




Hit me baby one more time! \o/

domingo, 30 de julho de 2006

de repente você descobre que ainda está vivo.




existe medo.






e encanto.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Agora é tarde: Inês é morta

E você cai na rede: Isca perfeita, ponto fraco exposto.
E agora é isso, assim, que nem medo antigo...




Não combater é uma forma de ganhar quando a maior derrota na frente do outro seria lutar?

sábado, 13 de maio de 2006

Eu costumava colecionar chaves. Talvez para abrir a porta que não tem fechadura.
1:24 da manhã. Qualquer coisa para me ocupar. Espero em vão o meu mais novo foco de expectativas que nem sequer existe! Uma ligação foi suficiente: A preocupação demonstrada, uma possibilidade traçada, uma hora. O suficiente.
1:26 da manhã. A mesma hora de ontem! A velha brincadeira é tão mais cruel do que a velha 'cortada'. Remete verdade...A mesma hora de ontem, você lembra?
Um eco e uma mancha..O que você vai ser daqui a dois minutos?E daqui a dois milenios? O que você vai ser, me diga, se as horas são sempre as mesmas?
1:29 É assim: Ela esperando uma coisa qualquer. Ele(?) esperando qualquer coisa. Um acordo comum. Convenções. Algum tempo que varia (mesmo que o tempo seja sempre o mesmo) e o fim. E nem sequer começou.
1:31 Está tudo na sua cabeça. O estômago dói. Não vai ser dessa vez. Não vão ser das outras também. O que você quer combater nasceu com você. Vai morrer com você.Vai além das metonímias e promessas.
1:33 e nem sequer um minuto passou

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Na minha casa vai ter um jardinzinho para todas as lagartar.futas.borboletas. morarem! E não venha me dizer: ECA! sua casa cheia de minhocas! que nem é assim, tá! :)
é engraçado: É mais de meia noite eu eu estou aqui, atrás de cinema. E de repente eu abro a página de um diretor chamado Krzysztof Kielowski.E o melhor: sinto uma vontade incontrolável de ver seus filmes! Olha só os nomes: Não Amarás, A Liberdade é Azul, A fraternidade é vermelha, a Igualdade é branca.
Aí cê imagina a tristeza que dá: Um filme polonês de 1994. ONDE EU VOU ACHAR NESSA CIDADE? Talvez eu só queira ver porque é o maisunderground de todos (não tem nem foto do filme no Adorocinema.com)!
Mas, vai, é tão bonitinho:" Jovem de 19 anos munido de uma luneta começa a observar a vida da sua vizinha (uma mulher madura), que mora defronte ao seu apartamento. Ele fica obcecado por ela e enquanto observa sua vida sexual (na qual o amor não existe), ele esquematiza subterfúgios para se aproximar dela. Com o tempo ele revela seu amor, mas ela o humilha e algo surpreendente acontece nesta relação."
Será que é tão dificil encontrar esse filme assim? Bah! Eu até procuraria mas amanhã eu acordo e nem lembro mais! afinal, oh o nome do cara.
Vou dormir triste hoje. Que pena! :*









Ps: O melhor são as três únicas críticas sobre o "Não Amarás".As pessoas dizendo que foi o melhor filme que viram na vida. ;~ E se fosse o meu?

domingo, 7 de maio de 2006

é muito feio ficar feliz porque se ganhou um DVD quando a vizinha morreu?Eu sei que o respeito pela morte vem sumindo mesmo, na sociedade, mas é que volta e meia acho que foi até melhor.
Era uma senhora velhinha já! Passava o dia na porta com um deficiente radinho de pilha e já não falava coisa com coisa...Tinha uma cara de cansaço...
E já foi. E os familiares rezam o terço enquanto eu vejo filme.

O final da história?

tantos eles quanto eu estaremos comendo salgadinho com refresco mais tarde.

Mas sempre tem quem sente mais!

sexta-feira, 5 de maio de 2006

Retrosexo

Menos cinco horas. O pincel apagava as linhas escuras que formavam na tela um desenho que ela ainda não conhecia. Menos três cigarros. Abriu a janela. A gotas de chuva pareciam fazer o caminho inverso.53 segundo voaram no leve tocar das palavras e com mais 7 deles poderia ter mudado a direção dos fatos. Mas não!
Fazia tempo que as palavras não reinavam mais naquele vale: Já não se mudava mais o mundo com letras.
Menos dois cafés. Nessa altura já havia desistido dos pinceis: usava os dedos para apagar o retrato desbotado de um futuro. As formigas subiam em suas pernas, invadiam seu sexo, sua boca, suas narinas. Dormência desconhecida. Menos 20 gramas de pó. Juntava agora todos os cacos de vidro espalhados pelo chão formando um copo. (porque, meu Deus, porque? O absurdo tantas vezes assistido insistia em se repetir. Os ponteiros insistiam em andar no sentido horário. A chuva insistia em molhar os telhados.)Menos três horas. Ela rasgou todas as cartas, pisou em flores, riscou as paredes.Menos quinze minutos.Ela fechara a porta e fitava aqueles olhos antigos prestes a lhe dizer a verdade.

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Never Change...
















" He says: when you gonna make up your mind
When you gonna love you as much as I do
When you gonna make up your mind
Cause things are gonna change so fast
All the white horses are still in bed
I tell you that I'll always want you near
You say that things change my dear..."

Tori Amos -Winter


(a pedidos do meu papai, a fonte!)

"Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu..."

E eu hoje escovando os dentes e tentando fazer poema me lembrei que alguém já havia escrito. Acordei com aquela leve impressão de que estava esquecendo depois de ter passado a noite inteira lembrando.
Mas é leve. Como se fosse o vento que estivesse levando! Nada de outra paixão avassaladora que arranca pedaços e tira o sono...é só o vento que está levando e isso é tão bom. Porque por mais que se tenha esperado que fosse para sempre um dia, a consciência de que acaba acalma profundamente.
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Quando eu volto do curso de inglês eu sempre pego o ônibus no sentido centro e espero fazer a curva. O centro dessa cidade a noite é algo que não existe, de verdade. O Palácio da Maçonaria aceso, a Faculdade de Direito, O IJF, um sebo ao lado de um motel ao lado de uma loja de produtos de macumba! E pessoas que vão para lá e para cá...
Eu em sinto meio perdida no meio daquilo tudo. Eles parecem figurantes de um filme...Ou será que sou só eu que estou figurando o filme deles? Seja lá como for, é um roteiro muito bem escrito! (em laudas ou em dias?)
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Eu baixei a trilha sonora de "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças". É algo meio diferente pois a trilha do filme é feita por um cara chamado "Jon Brion". Não são apenas um monte de músicos que emprestam uma música para aparecer no filme. Tem a participação de outras bandinhas legais sim, mas o mais legal é o modo com que o Jon Brion fez as músicas especialmente para cada cena! Nada mais justo, não? Um filme experimental, com um Jim C. experimental (nem parece o Ace ventura :P) e uma trilha sonora experimental! Enfim...
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Semaninha de prova, ê ê! :)
Falta de coragem e criatividade.
Eu descobrir que oscilar é verbo de Ócio. :P Acredite.
aiai. Não consigo pensar quando está passando 'Bom dia e Cia'
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Every body got to learn sometime...

quarta-feira, 3 de maio de 2006

geometria with lasers

Arranjei uma forma de me forçar a escrever. Não, não vai ser do jeito que eu gosto ou até mesmo do jeito que quem ler prefere. Vai ser só isso: um amontoado de letras falando sobre algo que você, meu bem, não entende...Porque eu não deixo. Tá, não é bem assim...Não é verborragia ou 'desabafo com métrica'! é só o 'tec-tec' de um teclado contando coisas que interessam (ou não).
Ontem o presidente da Bolívia resolveu estatizar (tornar estático ou tornar estatal?) a porcaria do petróleo do país. E o que o eu tenho haver com isso? Duvido que o meu professor de geometria analitíca vá perguntar as conseqüencias disso para o Brasil. Tá certo que eu também não estou salvando as baleias e vai ter muita gente insatisfeita com isso, certo? E mesmo assim isso não resolve o meu problema.
Que coisa mais 'adolescente frustrada', em? Falar de geometria analítica e de baleias que não são salvas e de petróleo e do que interessa ou não. =P
Mas o melhor é isso mesmo, ser uma adolescente rebelde. >) tá, parei. Já passei dessa fase e eu acho sim, bonito quem dedica a vida a salvar as baleias.
Eu devia dedicar minha vida a estudar geometria. Mas tarde a provinha vai estar lá, na minha frente, bem quentinha. E eu vou fazer assim: Se o B é negativo eu chuto pra esquerda. Se ele é positivo eu chuto pra direita! e se não tiver B? Aí, eu chuto o balde.
Não sei quem me disse que a gente sai da escola exatamente quando não aguenta mais. Agora eu entedo porque eu não suporto mais: Eu repeti o jardim II! =O Porque, porque?! nasci em agosto! Oh, sim... E já vai dar 11 h! Aí a moça nem estuda história nem estuda matemática. Mas isso passa, não é?! Passa! quem não passa sou eu e lá vai mais um ano no anual. E enquanto isso meu iludido pai espera que eu faça Direito! eu vou fazer direito, pai..Não Direito!

Ok, ok. veja bem: Bissetriz: a1x+b1y+c1/ \/¯a1²+b1² = a2x+b2y+c2/ \/¯ a2²+b2²

tá, eu não entendi. e nem vou! Fica pro 5ª bimestre (lá na escola chamam de recuperação)
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eu criei por dois dias uma lagartinha bonita. Não podia tocar nela porque meu pai disse que ela queimava então ela vivia num potinho com furinhos. Eu fiquei com pena, sabe? Deve ser muito triste te tirarem do jardim pra te colocarem num pote que um dia guardou nata. então eu coloquei folhas e areia e umas pedras. Ela parecia feliz.Até que ela começou a soltar teias estranhas e eu pensei que ela estava morrendo. Ela subiu e grudou as ventosas na tampa e eu em perguntava por que raios uma criatura iria querer morrer de cabeça pra baixo! Ontem quando eu acordei, adivinha? Ela tava fazendo um casulo! ela se encolheu toda e fez o casulo. Fantastico! =~
Agora ela tá lá dentro, só deus sabe quando ela sai e se ela sai. Espero que saia uma borboleta bem bonita. O nome dela vai ser Brigitte e sim, eu vou solta-la.
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enfim, vou voltar a Revolta da vacina! Até mais tarde ou amanhã. Não sei! =**







Ps: é tão mais fácil escrever assim. Falar do que está por fora, das horas cronológicas, das coisas simples. Deixar de lado os personagens complexos que desviam as poças de lama e tem medo de escuro. Deixar de lado as pobres nordestinas que não sabem se estão vivas e escutam a radio-relógio. O mundo vai girando e viver vagamente, assim, carregando os dias parece o caminho mais fácil. E um dia ele me disse que existem dois caminhos: O mais fácil e o correto.
E devia ter aprendido com as personagens de contos de fadas: Macabea e Chapeuzinho Vermelho. :P

terça-feira, 2 de maio de 2006

procurava nela o que faltava.
e isso não é novidade.

domingo, 2 de abril de 2006


















"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome...
[...]
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos...
[...]
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte..."

João Cabral de Melo Neto













E porque?

segunda-feira, 6 de março de 2006

Sol e Chuva

...ele girou a manivela da caixinha de música mais uma vez: A leve sensação de que o tempo passa mas o sangue que corre nas veias será sempre o mesmo.

O sol se escondendo atrás das nuvens, o asfalto molhado, os fios elétricos ligando os postes...Um dia comum talvez e ele nunca entendera como podia o tempo ser tão confuso: sol e chuva em um mesmo minuto.A mesma música tantas vezes, a mesma sensação...Resgatava o que sentiu em algum tempo passado daquela forma e não entendia que mecanismo na música o fazia transbordar.
Quando era menor já havia sentido coisa parecida: O seu quarto, seus vinis, seus lápis de cor.. Criava heróis e destruia mosntros. Volta e meia achava chato ser sempre bonzinho e se transformava num grande dragão de asas negras, lançando fogo sobre o castelo de lego que havia montado. O soldado sempre salvava a princesa do vale de gelo e o índio chorava dias a fio com saudade do seu irmão que havia partido para derrotar yorkes que viviam para lá das montanhas de Yashua.
Esse sentimento havia ficado perdido em alguma brecha de seu passado onde ele não podia entrar, mas lembrava de seu cheiro e das suas cores...Lembrava de como aquele sentimento antigo parecia lhe emprestar asas, como aquela sensação que não tinha nome e que era só dele conseguia transportar-lhe para qualquer lugar onde nunca esteve...como aquela sensação agridoce lhe fazia resgatar lembranças de coisas que nunca viveu.

Mas a música não... a música não era como ele! A música poderia ser do tamanho que quisesse, poderia atravessar paredes, mergulhar em oceanos, entrar por suas fendas... E entrou. Agora, dentro dele ela aglomerava moléculas de vida e as fazia dançar ao seu ritmo...E ele sentia o coração bater em uma única nota: estava vivo.
Com o rosto molhado e a cabeça descansada no ombro de outro alguém entendeu porque o sol e a chuva estava alí, juntos em um único minuto: Era assim que se fazia um arco-íris! E descobrindo isso lembrou que assim respondia uma das perguntas daquele menino que fora... Havia crescido, e sabia: Algo novo crescia dentro dele.

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

as coisas acontecem. Agora negue esse fato! ...e as coisas continuam acontecendo!
A questão é: não existe final feliz.

não me conformei ainda... Vamos tentar denovo:


as coisas acontecem e isso é natural e faz parte do processo e blablablablabla... e vai ficar tudo bem! =T

não convenceu... a última vez:

as coisas acontecem. e que diferença faz se hoje em dia objetivos são descartaveis esuperhigienicos?!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

- as histórias têm que ter início, meio e fim. E no meio, nesse tal de meio tem que ter uma história de amor. Senão, não tem graça.
- Mas querida, não é só de histórias de amor que o mundo é feito... Existem também as artes...Existem as guerras!
- ... Ah, querido! E que guerra nesse mundo é maior que o amor?
- Clichê!

Então ela arrancou a folha da máquina de escrever, e marcou de baton o canto da página(sim, ela havia marcado a história dele...) Apagou a luz e deitou-se sob o cobertor que um dia fora uma trincheira... A guerra havia acabado

terça-feira, 3 de janeiro de 2006

São Paulu

desejava que chuvesse...
a cidade parecia mais bonita com o asfalto molhado...A cidade parecia mais São Paulo.
Antigamente, quando ainda era moça, achava que todo mundo em São Paulo vivia mais que ela...Não era questão de ser mais triste ou mais feliz! Apenas mais intenso. Aí então ela colocou a mochila nas costas e deu no pé. Pegou um ônibus, depois carona com caminhoneiros, e ainda andou mais um bocado. Chegou (e é incrivel como nos contos todo mundo chega rápido a Sampa) e viu que as fotos às vezes mentem.
No inicio ela se sentiu meio que na Tv, achava que nem era de verdade. Quando passou pela primeira vez na av. Paulista pensou até que estava fazendo novela...E sim, o coração dela bateu mais forte(quando cruzou a Ipiranga com a S. João)...De tanto correr de um suposto arrastão! E agora estava ali, esperando que chuvesse...
E por um momento lembrou do interior do Ceará e pensou: Nada é tão diferente assim

______

uma brincadeira! =*