sábado, 31 de dezembro de 2005

eu queria não saber...

"Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você.Que explique a minha paz. Tristeza nunca mais. "

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Que o caminho de todos vocês sejaa iluminado nesse novo ano. Posted by Picasa

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

"Poderia até pensar que foi tudo sonho"

Ok, posso explodir? Sou uma boba idiota que já quebrou tanto a cara com as mesmas coisas e ainda assim não aprendeu o póstulado básico: "AS pessoas são insubistituiveis e isso é só carencia!" BABACA. Sim, babaca! As coisas não acontecem só porque é Natal! As pessoas não perdoam ou amam! Inclusive, quem foi que disse que as pessoas amam? E quem disse que algo aconteceu? Na sua cabeça as coisas são muito lindas. Mas a realidade é aquele sonho do qual você não pode acordar. ENTENDEU? não pode. Agora calce suas chinelas e se prepare pra mais um dia comum no inferno no qual você optou viver. E um péssimo Natal, sua vadia.


Meu Alter Ego é ótimo.... Posted by Picasa

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Grom-grom

-Tum,tum.
-Grom,grom.
-Grom,grom não pode!É tum,tum.
-O seu faz tum,tum.O meu faz grom,grom.
-Todos os corações fazem o mesmo barulho.
-Isso é mentira!O meu faz grom,grom!
-Todos fazem tum,tum!
-O meu não vai ser tum,tum só porque você quer!
-É tum,tum porque é tum,tum.
-É grom,grom!
-Tum,tum.
-O meu faz grom,grom e pronto!
-Tum,tum!
-Você não manda no meu coração!
-É ?
-(Tum,tum.)É!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Hiperfeito.




















assim como a revolta com as pardes côncavas e sem pregos.
Era preciso perfeição em todo o resto... Para compensar a imperfeição do mais importante.
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terça-feira, 6 de dezembro de 2005















"The hours"
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sexta-feira, 18 de novembro de 2005

— E você, por que desvia o olhar?
(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de
você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram
montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio
os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do
amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me
agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava
plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
— Ah. Porque eu sou tímida.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

O dromedário

efizema e promessa
bem quis ser poeta
bem quis ser poema
bem quis se mudança

Mas esperou a bonança
e bonança não teve
e criança não teve
nem esposa não teve

Então esperou pelo tempo
que dizia que tudo cura
E veio o tempo
o Estado
a República
veio a promessa
veio a mudança
veio a bonança
veio a esposa
veio a doença
(que a promessa não cumpriu
que a mudança não mudou
que a bonança não sorriu
que a esposa não pariu
que a criança não chorou
que o tempo não curou
que todo mundo partiu)
E só ele ficou (ele ficou só)
E como "ele" não rima com nada
abandonou a caneta
é que veio tudo mas diz ele
que faltou a tal vocação
(pra viver ou pra escrever?)

domingo, 30 de outubro de 2005

15 minutos

Sentia a pequena cápsula rompendo-se no seu estomago. O pó branco dispersava-se e misturava-se com seus líquidos. Entrou no sangue e por meio desse chegou à cabeça que já não funcionava tão bem. Assim, em seqüência lógica, também cansavam-se os braços, os olhos e os lábios. Os lábios: entreabertos pareciam querer soltar alguma palavra medíocre...Talvez “desculpas”...Talvez “não me arrependo”...Talvez nem quisesse dizer nada! Mas não queria chorar e era tão certa essa sua vontade que limparia as lágrimas se ainda sentisse as mãos.Longe dali, agora. Sabia que não seria fácil voltar agora mesmo ainda estando ali.

Quantos minutos perderia pensando em quantos minutos perdera por não estar aqui?Perdeu mais alguns minutos pensando em quantos minutos perdera com tantas outras coisas.

Pela primeira vez não sentiu o relógio no braço: Teria se livrado das algemas do tempo? Não! Ele sentia o relógio no braço. Mas não sentia o braço no relógio.

Sabia. Eram seus 15 minutos de liberdade diária. E desde então descobriu que a única coisa que lhe privava dessa tal liberdade era ele mesmo. Precisava livrar-se do homem que era (do homem que não era e até do homem com que sonharam em ser). Restavam que ainda 7 minutos e se achou demasiado estranho em acreditar que se livrando do homem que era seria livre. Corria contra os outros que buscavam sempre encontrar a si para ser livre.

4 minutos. O tempo psicológico era tão diferente dos minutos mecânicos. Quando mergulhava em si dessa forma sempre parecia gastar apenas alguns segundos e nesse pensamento perdera mais 2 minutos.

Voltou a sentir as pontas dos dedos, os olhos, os lábios. E perdeu seu último minuto pensando no porquê de nunca sentir o umbigo.
De volta.Calçou os chinelos, pegou a mochila e saiu atrás do homem que os outros queriam que ele fosse.



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Não gostei. Mas eu precisava tirar o blog do Hiatus!

terça-feira, 25 de outubro de 2005

=~

Oito Anos

Adriana Calcanhotto

Por que você é Flamengo
E meu pai Botafogo
O que significa
"Impávido colosso"?

Por que os ossos doem
enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem

Por que os dedos murcham
quando estou no banho
Por que as ruas enchem
quando está chovendo

Quanto é mil trilhões
vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos

Well, well, well
Gabriel...

Por que o fogo queima
Por que a lua é branca
Por que a terra roda
Por que deitar agora

Por que as cobras matam
Por que o vidro embaça
Por que você se pinta
Por que o tempo passa

Por que que a gente espirra
Por que as unhas crescem
Por que o sangue corre
Por que que a gente morre

Do que é feita a nuvem
Do que é feita a neve
Como é que se escreve
Réveillon

Well, well, well
Gabriel...


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Não tem jeito, até com pseudonimo ela sabe me pegar! :/

sábado, 22 de outubro de 2005

tédio pré-dominical

sumisso. sim! e um poema interrompido. talvez até uam garota interrompida! Tá tudo muito corrido e meu diafragma está exausto e pedindo um cigarro que nunca pediu antes. O meu fígado pedindo alcool e meu corpo pedindo gente. Nos fotologs do sábado a noite todo mundo parece viver mais.
Essa cidade parece tão vazia! e diabos, e a minha vida também! Não vejo mais graça em viver com a bunda no passado e a cabeça no amanhã que já é hoje.

Quem dera eu morrer como José Arcadio Buendia. Amarrem-me e usem para tanto uma corda de palavras.

domingo, 2 de outubro de 2005

não vou chora. Não vou cortar os cabelos e não vou passar a narvalha no pescoço. Nem mesmo minha pele de foca eu vou vestir. Não vou ajustar o relógio, não vou mudar o telefone.
Os domingos vão continuar no calendário, o telefone vai continuar mudo e a menina vão continuar reclamando. E que diferença faz? :)
Eu passo de um lado da rua
o tempo passa do outro.
ele está de mal de mim...Talvez porque eu esteja andando no sentido anti-horário. =)

Alguém tem um band-aid ai?

Haicai
Hai Cair
Vai Cair
(no clichê)

Puft! :P~

E de que clichê eu não gosto, meu deus? Até em amor eu acredito! [._.]'

sexta-feira, 30 de setembro de 2005

máscara negra

Tuas cores inversas as minhas. Eu sendo você o contrario mesmo sem saber quem tu és (mesmo sem saber quem eu sou)
.Nosso azuis

O que há de comum entre dois planos. E eu te devoro membro por membro enquanto se esfrega em outros corpos no meio da multidão.

.Nossos vermelhos

Hoje se pode fantasiar. Hoje pode fantasiar-se pois existem desculpas e argumentos e esse se acabam na quarta-feira quando eu volto a ser o homem tributavel e tu volta a ser o algo que não sei. Mas hoje sim, hoje eu tenho conheço do carnaval passado.

.Nossos brancos

E agora enfim você está aqui. Nossos líquidos se misturam e nossas palavras se perdem no meio das ondas. Me afogo em ti. Nos azuis da tua pele, no branco da sua boca...No vermelho dos teus olhos... Me deixo escorrer

.Nossas cinzas

Sentado no meio fio acendo um cigarro. É quarta-feira. Até o ano que vem que já é tarde e tuas lágrimas desmancham minha máscara negra.

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

"Todo mundo aqui é tão chegado a decapitar as pessoas. Me surpreende que sobre alguém vivo. E o jogo não tem regras e se tem ninguém as segue! E todas as coisas são vivas e você não faz idéia da confusão que isso faz!"(Trecho de Alice no País da Maravilhas)

E eu que pensava que era só no páis das maravilhas que se decapitavam as cartas que sabiam de algo. Alienar, alienar, alienar! Essa é a ordem. E eu meio Alice me pergunto como consigo me manter viva no meio de todo esse jogo sem regras. Pintaram minha inocencia de vermelho e foram decaptados por isso.


devanear, devanear, devanear.

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

E não esqueça de respirar.

Eu não me basto mais!

Escrever sobre mim já não é o suficiente! Nem para mim, tampouco para outros... Não nasci com o dom da palavra e não acredito que esse exista. Não sei desenvolver ideias, não sei terminar uma prosa, não sei rimar poesias.
Nem mais o humor refinado eu sei usar! Só essa necessidade de ver as letras se organizarem para formar um pedaço de mim, um alívio. Sim,escrevo por necessidade e não gosto.
Quando eu era pequena e ia ao médico ficava com medo de esquecer como respirava toda vez que ele mandava eu respirar fundo. Ficava horas e horas respirando fundo e sentindo medo de esquecer de respirar. Descobri que não dá para esquecer de respira... O corpo não deixa! E agora descobri que não dá para parar de escrever... Mas dessa vez é outra coisa em mim que não permite.

Eu não me basto mais!

domingo, 25 de setembro de 2005

Quintana e Eu.

"Realmente se a amizade for verdadeira, o que é bem difícil, jamais morrerá... porém se a amizade for somente pelo que o outro tem ou pode lhe proporcionar com sua presença, acaba quando chegam ao fim as vantagens..."

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Romantismo e demasia

pois hoje eu derramaria todos os Alvarez e Augustos num único desenho.

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Copo Vazio?

"É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar

É sempre bom lembrar
Que o ar sombrio de um rosto
Está cheio de um ar vazio
Vazio daquilo que no ar do copo
Ocupa um lugar

É sempre bom lembrar
Guardar de cor
Que o ar vazio de um rosto sombrio
Está cheio de dor

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar

Que o ar no copo ocupa o lugar do vinho
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor
Que a dor ocupa a metade da verdade
A verdadeira natureza interior
Uma metade cheia, uma metade vazia
Uma metade tristeza, uma metade alegria
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor
A magia da verdade inteira, todo poderoso amor

É sempre bom lembrar
Que um copo vazio
Está cheio de ar"

(Gilberto Gil)
***

É nessas horas que tudo me parece relatividade(que tudo me parece dualidade) é que me lembro que o copo vazio pode ser um corpo vazio que nunca é vazio mas cheio de algo que substitui o que se existisse seria vazio da mesma forma.
Uma metade tristeza, uma metade alegria...Então sou mais de um se duas metades formam um inteiro e mais de duas metades tenho.E minhas várias metades cheias de ar mas nunca vazias são tão desiguais quanto a metade de um copo (pois meio copo nunca é meio copo, ou é mais ou é menos...Mas nunca meio!)
É sempre bom lembrar que um ar sombrio de um rosto pode ser mais que dor, pode ser mais que ar, pode nem ser.
Pois pra mim copo vazio é filosofia de buteco, de um bêbado qualquer que se queixa que acabou o vinho e tudo é tão vazio.
Não, meu bem , não sou mais um copo do qual todos bebem, do qual todos provam menos eu. Quero auto-fagia! Quero ser um cristo que pode provar do próprio corpo!

Deu o último gole enquanto as últimas notas da música espalhavam-se vazias. Colocou o copo cheio em cima da mesa, olhou o ar sombrio do rosto dela e bateu a porta atrás de si.


Lara

domingo, 11 de setembro de 2005

metadesespero

estar preso
tão preso (mas tão preso)
que não se consegue terminar a estrofe!

Eu em tua boca

às vezes pode ter um gosto amargo! Por mais que doa é sempre bom tá vendo a percepção que as pessoas têm de mim. Com que rapidez elas ocilam...COMO elas ocilam.
Hoje nojo, ontem amor. Ontem eu tinha atitude, hoje me faço de vítima... Pra uns eu tenho uma vida fodida cheia de gente escrota e pra outros eu sou a vilã história! O pior é que é tudo tão dualista, sabe? Unilateral e generalizado. Posso chamar isso de "preguiça de me conhecer"? Sabe-se lá!
Bem ou mal eu sou eu. Sendo o Eu algo que não é nada algébrico e definido no conjunto dos números reais.Bem ou mal, eu sou eu! Com minha pessoa, minhas perssona e meus posts clichês!

sexta-feira, 22 de julho de 2005


Milágrimas
Alice Ruiz

Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre

Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre

Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre Posted by Picasa

voltando com o Hello! >.< Posted by Picasa

Hoje

O dia está assim, tão estranho que parece normal: O sol, o barulho da panela no fogo, a vizinha cantando desafinado, o zumbido da CPU (os zumbidos da CPI) e uma solidão que entrou rasgando as paredes do meu quarto e puxando o cobertor logo cedo. Ela me incomoda, sim. Mas do que o cigarro que o outro fuma, ou do que o tédio e a obrigação.

Então vamos lá, descobrir os sonhos alheios?

Porque todos amam para sempre até mais tarde e isso me faz querer amar para sempre até daqui a pouco. Mas nem a falta de sorte do amar é válida.


No fim das contas, no fim dos contos... Pra mim nunca é um "felizes para sempre".

domingo, 3 de julho de 2005

A saga de uma certa Lara...

As pessoas vão e vem com os seus (des)encantos e toda essa doce múcica mecânica. Meus depoimentos são um tanto faz para elas. Os depoimentos delas são um tanto faz pra mim e assim a gente vai levando essa saga que algum doidivanas decidiu chamar vida.
Eu amo a todos mesmo assim, e vou ajudados a carregar a bagagem! =*

terça-feira, 28 de junho de 2005

Das coisas sem peso

Cálculos&cálculos
pra disfarçar a fome

meia hora pra falar de sexo
só falar

Nós somos bixos!
Acredito mesmo nisso?
Salada verde-mato. Eu mato?

Me mordo

Feijão e Arroz, sem peso

cansaço

esse pesa sim:

duas vidas e meia







Ps: resta saber de qualdos três é a meia vida.

segunda-feira, 27 de junho de 2005

Talvez a vida seja mais ou menos isso: esperar sentado no meio-fio peloque está por vir. Assistir aojogo de luz e sombra enquanto os insetos devoram a ferida inflamada.
As pessoas também se contrastam com luz e sombra: Os que brilham, dilatados, exalando odores. E os que são sombra? Simplesmente são! Só existem porque existe luz...Se projetam em paredes pálidas.






nota: ando escrevendo muito. Tudo estar no caderno. Estou colocando coisas de anos atrás. =]

terça-feira, 7 de junho de 2005

oi?

'Pois se deu que quem não tem colírio', usa óculos escuros e quem não sabe escrever fala de si, mesmo o refrão da música não tendo nada haver com o meu egocentrismo. Pensando bem (mentira, eu não pensei mais como eu preciso de trocadilhos baratos para encher as linhas) pensando bem podia ser 'quem não tem cão caça com gato' ou 'se não tem tu vai tu mesmo' o que dá na mesma e continua sem ter relação alguma com as coisas que eu escrevo.

- Mãe, eu quero um cachorro. Agora!
- Pra quê, pra tu fazer que nem tu fez com o outro?
- Mas eu era pequena, não sabia cuidar.
- Mas por que diabos foi inventar um cachorro logo agora?
- Tô me sentindo só, só isso.
- Arranja um amigo, sai mais barato.

Ao menos cachorro não tem que fazer simulados da UECE ou passar no vestibular. Mas judiação com o pobre do cachorro, eu não gostaria que alguém me tivesse.
Tenho que culpar alguém, e como não vai ser a mim (Lógico) vai ser essa mídia 'dia dos namorados'. Aê! consegui um sentido para os trocadilhos. Não tenho namorado, mas tenho um cachorro... ¬¬
Cê sabe o que é Tv em rede aberta quando cê tá com a perna engessada? Note&Anote, Tv Xuxa ou Na boca do Povo. É nessas horas que eu queria vocação pra puta. Tem gente que sente tesão por cada coisa, né possivel que não exista uma criatura que tenha tara por pé engerrado. Vai saber.

Chega de c* docê. :0]

terça-feira, 31 de maio de 2005

Minha vó quis me dar nome bíblico

Era uma vez (ou dua, três, quatro ou quantas vezes ele conseguisse usar esse recurso super clichê de brincar com o 'era uma vez') aquela criatura que causava pena a todos e que atravessava a rua em pleno o sol escaldante de meio-dia. Eu não, eu não sentia pena porque eu como ele também tinha que atravessar a rua no sol escaldante de meio-dia para tomar o ônibus onde as pessoas se amontoam com formigas e estão com tanta fome que nem ligam se tem alguém pisando no pé. Ele se vestia bem, era até arrumadinho, e talvez devesse culpar o uniforme da escola por isso. Causar medo aos outros ele não causava, afinal as criaturas não sabiam realmente o que ele era e apensa sentiam pena da sua solidão. Mas como eu nessa história sou mais importante até do que o tal do personagem, eu vou falar de como eu via ele. :P
Eu via ele com esses dois olhos míopes e como um incomodo gigantesco. E sabia que o uniforme era apenar o escudo da imundicie queele acumulava por dentro. E dái?
Eu sei que ele atravessou a rua e foi-se embora, e como toda história que eu escrevo o errendo não tem final.
A culpa é da minha vó que quis me chamar de Isaac e não de Arthur. Deu na mesma!

sexta-feira, 27 de maio de 2005

.essa não é a linha do título

título: eu-sou-uma-criatura-que-sabe-falar-palavrão-mas
-não-gosta-de-cbjr-mas-sabe-que-é-muito-feio
-garotas-que-falam-palavrão-e-ainda-mais-falam
-de-sexo-com-garotos-do-sexo-masculino
-porque-existem-garotos-do-sexo-feminino-
e-asexuados-eesse-título-não-caberia-na-linha

eu descobri que eu sou vulgar. Eu descobri que eu sou muito vulgar. eu descobri que eu tenho a boca suja. desculpa papai do céu. eu descobri que todo mundo é vulgar. eu descobri que nem todo mundo é sincero. eu sou sinceramente vulgar! entendeu? mas eu ainda amo minha inocência e ainda acho que sinceramente casar virgem é bonitinho. eu não vou casar. deve ser por isso que eu não vou esperar tanto. ok eu tô falando besteira. eu sempre falo besteira. agora com um monte de ponto minhas conversas se tornaram lineares. mas
as coisas retas
são tão
chatas.
além do mais é ultra muderno izcrever
coisas fora do lugar e dar movimento as palavras.



Garanto que se eu dominasse a arte parnasiana eu não escreveria com as concordancia torcadas. ok.


.e se o ponto vier antes?

tchau.

segunda-feira, 2 de maio de 2005

aquarela e lágrima.

Grita, homem!
Grita que não cabe em ti...
Grita que já não pode há tempos!
E depois cala...Mas cala pensando que ninguém sabe!

Quem dera eu...
Eu pudesse ser a única! Sempre ser a única!
vendo as lágrimas se juntarem à aquarela
onde pinta o desenho triste do teu ser.

ninguém mais.
Mais dor do que a tua...
Mais dor do que a minha...
nunca nossa.

já nem sei! Ou sei demais!

terça-feira, 12 de abril de 2005

conto INTER-minado

O corpinho estendido no chão rastejava na pálida luz da manhã.
Quanto a sua vida, bem, nada mais do que pequenos postulados de existência: Inspira, Expira, Inspira, Expira, Innnnnsipira, ex...
O resto? O resto ele tinha por mão alheias; era mais confortável e não lhe fazia falta o fantástico...Afinal, para criatura tão miserável o fantástico jazia esquálido no tempo (Passado! Que o tempo nunca é presente ou futuro. É sempre o que foi. E o que é agora já foi, e já foi, e...Opa, acabou de ir), e... O que dizia mesmo? Ah, Sim! O moleque...
Vivia aos trapos, e vivia como trapo - trapo...Que palavra estranha! TRA-PO...Tro-pa...Pra-To - não, é trapo mesmo! Porque prato lhe faltava, e tropa...Ah, essa era a que lhe fazia correeeeeeeeeeeeeeer. (Inspira, Expira, Inspira, Expira).
-Parasita! - Não, coitado!Apenas um rascunho que o mundo não passará a limpo...Um rabisco da sociedade (Sim! Aquele que é escondido, negado, ignorado) e só quando fosse obra completa poderia está por trás das grades.

Crime eu, crime tu, crime ELE... O crime é ELE! Mas antes dele vem o EU e o TU. eu calooooo...rr não é? Dia quente!E a cotação do dólar, como vai? Ah, claro, ligo depois sim...Mas e a escola, como está? É...Poisé...

(voltando) Como ele, tantas obras interminadas despertavam naquele dia no seu incansável INspira, EXpira, INspira, EXpira, INspira, EXpiral - diria eu da vida em outros tempos.

Ah, o moleque...Mas para quê falar dele? É tão incomodo e Clichê...Ele está em toda parte mesmo, me fazendo lembrar do que não fiz. Falar de mim, de ti, de nós... Fica incompleto! Mas ele sempre aparece, sempre! Ele sempre está ali, na esquina, e não se faz notável, pois a minha autoflagelação faz isso por ele e...

Acordava esperando a hora de dormir e a caridade de algum passante. Vivia assim até o dia em que o mundo decidisse jogar fora o tão inútil rascunho. Já não estendia a mão, a pena era dele...A pena era a que cada um sentia de si mesmo quando ali passava (tanta pena que esse homem moderno mais me parece uma galinha), e tal pena se materializava nalguma moeda... Realidade de duas faces! Mas sempre dava cara...Coroa é luxo para alguém que não pretendia nem existir. Que culpa tinha? Não...Nem CULPA tinha...Tinha N.A.D.A...E era esse nada dentro do estômago que ele costumava chamar de fome.



Larissa

quarta-feira, 30 de março de 2005

O Meu Mundo Ficaria Completo (Com VocÊ)

Composição: Nando Reis

Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo por que eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é por que não acho o papel onde anotei o telefone que estou precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é por que fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam, e nos dariam os netos

A fome que devora alguns milhões de brasileiros
Perto disso já nem tem importância
A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente
Dela eu já nem me lembro
A derrota de 50 e a campanha de 70 perdem totalmente o seu sentido,
As datas, fatos e aniversáriantes passam
Sem deixar o menor vestígio
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora
Pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos
Aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou

O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
Por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
Com seus filhos que depois nos trariam bisnetos

Não é por que eu sei que ela não virá que eu não veja a porta jáse abrindo
E que eu não queira tê- la, mesmo que não tenha a mínima lógica esse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou

O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

O seu olhar

Arnaldo Antunes

O Seu Olhar

Composição: Paulo Tatit / Arnaldo Antunes

o seu olhar lá fora
o seu olhar no céu
o seu olhar demora
o seu olhar no meu

o seu olhar seu olhar melhora
melhora o meu

onde a brasa mora
e devora o breu
onde a chuva molha
o que se escondeu

o seu olhar seu olhar melhora
melhora o meu

o seu olhar agora
o seu olhar nasceu
o seu olhar me olha
o seu olhar é seu

o seu olhar seu olhar melhora
melhora o meu

domingo, 13 de fevereiro de 2005

Ingressos esgotados

Alheios ao tempo dos Deuses e dos mortais eles flutuavam em algum plano tempo/espaço que haviam criado com conceitos que pegaram emprestados. Ignorando o mundo ao redor (mundo?), como se o que restasse além deles fossem objetos de cena por detrás das cortinas.

sábado, 12 de fevereiro de 2005

Here comes the sun...

Dez para cinco da manhã de um dia que está trazendo um monte de sensações que eu adoro sentir... Um monte de gente que eu adoro lembrar.
Não vou mentir que eu tenho medo quando isso acontece, e ainda mais num sábado de madrugada... Mas as vezes a insônia é tão produtiva!
É que quando vem, é assim, duma vez! Para ir de uma vez também! É que nem essa madrugada: Se eu não tivesse um relogio, eu diria até que é só 8 da noite, mas daqui a 6 minutos o sol tá dizendo bom dia para todo mundo... Para os que queriam e não queriam acordar!
Definitivamente, Beatles me faz bem... Trás um monte de saudade, mas me faz bem! Me lembra um monte de gente que eu amo: Izza, Rama, Pedro, Henrique, Renan, Tito! o/ Me lembra como aquela noite no maria bonita com a Izza e a Rama foi uma das mais felizes da minha vida! XD~ Os covers no open mall, a minha despreocupação com o fato das coisas serem assim, tão etéreas! EI! Eu tenho medo da nostagia! Ela sempre se segue do desejo inexoravel de agarrar o mundo...
Mas me diz você... Tem coisa mais feliz do que ouvir Strawberry fields forever as 5 da manhã? E pensar que esse dia pode ser lindo? Que eu tenho amigos lindos? Que até beijo a Talita me deu ontem! Que eu recebi até cartinhas... Que as pessoas são lindas e transbordantes... Pensar que eu só tenho 15 anos, e se der tudo errado hoje, talvez que ainda tenha amanhã! Que nem adianta não começar pensando que vai terminar!

Eu estou tomando uma decisão... Eu vou parar de cutivar essa tristeza... "Que eu ainda sou bem moça pra tanta tristeza"
E vou deixar esse pessimismo de lado também... Porque eu, tolinha, acabo me contradizendo nos meus próprios atos! Para quê querer o extraordinário se o simples que eu tenho é tão lindo? Pra quê querer ir morar tão longe, numa cidade tão grande... Se não minha provincia eu conheço todo mundo, e se falta algo aqui eu tenho como conseguir?! DO QUE EU TANTO RECLAMO!? Eu posso ter me ferido e me machucado um dia, mas está na hora de sair dessa concha, deu renascer... Que nem o sol faz todo dia e nem parece tá achando ruim! Não importa se ninguém lê isso, só o fato de existir hoje está me bastando! XD~

E se me perguntarem: E o domingo amanhã, Larissa? Eu vou responder: Eu vou viver como domingo! Mas eu vou viver!

E sim, eu estou AMANDO! E se for em vão... Não! não vai ser em vão, só por ter sido já não vai ser vão! AH!!!!!! =****************

E não quero sorte... Quero só juizo e equilibrio pra fazer as minhas coisinhas.

♫ Beatles - Free as a bird!

O que Beatles não faz com minha cabeça, em!?

-

¬¬ Pode rir, não tô nem ai pra você hoje!

A ópera

- Tem graça...
- Graça? - Brandou ele com fúria; mas aquietou-se logo, e replicou:
- Caro Santiago, eu não tenho graça, eu tenho horror à graça. Isto que digo é a verdade pura e última. Um dia, quando todos os livros forem queimados por inuteis, há de haver alguém, pode ser que um tenor,e talvez italiano, que ensine a verdade aos homens. Tudo é música, meu amigo. No principio era o dó, e o dó fez-se ré e etc. Este cálice (enchia-o novamente), este cálice é um breve estribilho. Não se ouve? Também não se ouve o pau nem a pedra, mas tudo cabe na mesma ópera.

Trecho extraido do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis.

domingo, 30 de janeiro de 2005

&#9834 Losing my religion...

Quer saber?



Seja o que tiver de ser, vai ser bem vindo (e se não for ainda assim vou tirar proveito). Porque eu cansei de achar que as paredes podem me contar alguma coisa! =*

sábado, 29 de janeiro de 2005

"Todas as manhãs do mundo são sem retorno"

É engraçado como às vezes eu me deparo com coisas que eu pensava ter esquecido como eram. A felicidade intensa e insana que se pensa ser eterna mas não brilha mais de um minuto e apaga (e junto com ela apaga o sorriso).

Céus! Há quanto tempo eu não ria até ficar com as bochechas doloridas? Há quanto tempo eu não sentia que eu não me perdi de mim e que as coisas ainda são possiveis?!

Há quanto tempo eu não andava em círculos mas sentia cada minuto diferente?

O triste é pensar que um dia isso vai apagar, como já apagou tudo antes. O que queima na mais intensa chama um dia vira cinza, pó. E vem um sopro e carrega tudo, deixando só as marcas do fogo.

Hoje eu me senti assim, correndo atrás de mim como uma criança corre atrás de um balão. E quando eu encarei aqueles dois espelhos irreais eu descobri que eu era o próprio vento que levava o balão.

E como a muito tempo eu senti um pedaço de mim indo embora e voltando e indo embora e voltando e indo embora.

A luz invadiu a casa e se achou capaz de tudo, pois até as mais grossas paredes ela era capaz de penetrar... Mas ela se deparou com os espelhos... E a luz tão forte que era se transformou em fragmentos de cores fracas.



Eu não sou unipotente, nem unipresente. AINDA BEM! Porque todas as manhãs do mundo são sem retorno e essa para mim foi linda por ter sido simples.





mas eis que chega a roda viva e carrega o meu sonho pra lá...









♡♥

domingo, 23 de janeiro de 2005

Sun in my mouth...

Eu sempre regresso para mim como o filho pródigo...

E se eu amanheço junto com o dia, durmo junto com a noite...

Nesse meio tempo sou analogia de mim mesma,

Nesse meio tempo sou relíquia do futuro!